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sexta-feira, 13 de maio de 2011

A DOR DA PERDA...

Esse é um texto que encontrei na internet, retrata a dor da perda, mas se aplica muito bem a como me senti no momento em que me vi perdendo tudo aquilo que era referência para mim. Toda a formação de caráter em que eu acreditva, todos os princípios aos quais eu tento me ater, todo respeito que se possa ter por que se ama ou pelo menos por quem se diz que ama. Em diversos momentos não encontrei as palavras para dizer o que estava sentindo, tamanha era a intensidade, tamanho era o vazio que tomava conta da minha alma, mas leia com um pouquinho de carinho esse texto que você vai saber. Você vai ler perda! E é perda, mas também é mágoa, engano, traição, deslealdade, crueldade, falsidade, fingimento, farsa, dor, etc . Onde ler perda, pode ler todas essas palavras. É inimaginável o que um ser humano pode fazer com o seu semelhante, isso tendo passado anos dizendo que o ama. Imaginem o que um ser humano pode fazer com quem odeia.
Na época tentei descrever o que sentia dessa forma: "Invadiram a sala mais secreta da minha alma e levaram o meu tesouro mais precioso, não o mais valioso, mas aquilo que mais tinha significado. Tesouro esse do qual dependia a própria existência da minha alma. Me sinto apenas um corpo que sobrevive por meio de suas funções vitais. Um ser que perdeu todos os seus referenciais de vida, de certo e errado, todas as concepções sobre o ser humano, sobre o que é bom e ruim, sobre o sentido da vida que agora é apenas viver ou sobreviver."
Sim, todos dizem que todos acabam passando por algo do tipo um dia e que tudo passa e que ainda acabo rindo muito disso um dia. Por enquanto, só continuo seguindo meu caminho que espero que me leve um lugar melhor e me protejo mostrando por fora algo que não sinto por dentro. Às vezes as pessoas esperam que sejamos fortes e que superemos tudo por conta própria e ficam falando que vai passar e que o tempo é o senhor de tudo, mas o que não percebem é que só precisamos de atenção e talvez de não ouvir nada, só ser abraçado e levado para algum lugar longe de tudo, para chorar um pouco, ganhar um pouco de colo, rir um outro tanto até que possamos reconstruir cada um dos milhões de caquinhos em que fora partida a nossa alma.

DOR DA PERDA
Não existem palavras, línguas, gestos ou mesmo pensamentos que possam expressar a dor da perda. Ela é tão profundamente dolorida e fere a alma com esmero desmedido, cortando lenta e dolorosamente com o lado cego da faca.
A dor é fenomenal, incrívelmente dor, extraordinariamente dor, fatalmente dor. É dor, dor, dor, somente dor. E não cede, não acalma, não dá trégua. E a alma se contorce, revolve, chora, berra e geme em lamentos surdos, que tomam o corpo, que fazem cambalear e entontecer o espírito.
A dor da perda não tem som, não tem voz, e invade o âmago do ser silenciosa e cruelmente fazendo doer e adoecer o corpo. Massacra a alma a tal ponto de tudo ao redor perder o sentido. Tudo. Tudo perder o sentido e o brilho da vida.
Os olhos olham mas nada vêem, os ouvidos ouvem sem nada ouvir, os braços caem sem sentir qualquer amparo, qualquer sussurro de compreenssão, de entendimento. Somente o gosto do sangue da dor é percebido no fundo do coração que sangra, falece e se afunda no fundo da terra, do pó.
E tudo vira dor profunda e cortante como o fio de uma navalha. Os sentidos perdem a razão de ser. Robotizamos o corpo e caminhamos, perdidos e anestesiados de lá prá cá, de cá prá lá, desnorteados, confundidos, atordoados e completamente perdidos de nós mesmos. Esquecidos de tudo e de todos, menos da dor que rasga, dói e arranha o coração até o sangue jorrar em lágrimas profusas e gritos inaudíveis.
A dor da perda cala fundo e faz sepultura da alma onde desejamos ardentemente nos enterrar, em silêncio absoluto, em escuridão infinda, em adormecer eterno. Faz desejar a morte e buscar o fim de tudo, inclusive de si mesmo, para calar... a dor...
Não existem palavras que definam a intensidade da dor da perda. Ela é tão incrivelmente dor que perdemos a definição e a expressão do que sentimos. Nada mais importa. Nada. A dor da perda é pesada demais. Impossível de se carregar solitariamente.
Por isso, por tudo isso, havemos de buscar forças para suportar a dor da perda, por mais profunda, pungente e dolorida que seja, por mais aterradora e insensível...
Havemos de nos resguardar da dor, de acordar e lutar para viver, mesmo a alma em soluços, mesmo que o espírito, anestesiado pela dor, perca a vontade de lutar e continuar a viver... havemos de nos resgardar da dor no alento dos braços do amor, que é o único que torna possível tudo, por ele, com ele, suportar...

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