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quarta-feira, 10 de julho de 2013

SALMO QUE NÃO ME SALVA

Distante Beleza
(Hugo Martinelli)

Ainda que caminhe sozinho
pelo vale da sombra do amor,
nada temerei.

Sigo meu caminho
De tristeza e de dor,
Inerente ao que faço, ao que sou, ao que escolherei.

Dizem que entre todas as belezas,
A mais bela,
É aquela cujo perfume podemos sentir,
Cujo sorriso podemos apreciar,

A suavidade da voz nos acaricia os ouvidos,
Aguça os sentidos,
Mas é apenas para quiçá ser contemplada com um olhar,
Jamais a poderei tocar, ou teu sorriso beijar.

Triste é o meu olhar,
Sempre de canto, cedendo aos teus encantos,
Calado como um sufocado pranto,
Que pela pequena gota da lágrima grita para libertar
O sentimento de um momento que ela preferiu calar

Sozinho estou e sozinho vou
Pra onde eu não sou
Pra onde não há paixão nem amor
Acho que não tenho pra onde ir então
É que sem enganação, disso vive a desilusão desse estúpido coração!

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