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quinta-feira, 23 de maio de 2013

NO INÍCIO DO FIM ESTAMOS SEMPRE NO MEIO


Algumas vezes voltamos pra casa no fim de todos os ocorridos do dia e é inevitável uma tristeza que não se explica, uma solidão. Não por ser uma tristeza de imensidão tamanha que não lhe permitirá mais apreciar a vida, mas sim aquele momento único que te faz pensar e refletir sobre a vida e os seus feitos. É uma perspectiva completamente maniqueísta, mas creio que é preciso às vezes nos permitir sentir tristes para podermos depois ter capacidade plena de apreciar com verdade os momentos felizes. Assim, deixo com vocês meu mais novo trabalho. Espero que gostem!

No fim
(Hugo Martinelli)

É que no fim sempre estou só
É uma solidão de dar dó
É saudade de pai, mãe e colo de vó
Minha cabeça chega dar nó

No fim do final sou só eu sozinho outra vez
É uma tristeza infindável
É uma possibilidade de transparecer através
É um olhar lá no fundo da paisagem o inefável

É no fim sempre o princípio do início
É o meio do momento propício
É que sempre sou eu desacreditado sem malícia
Que mal há em querer apenas uma carícia

É o calor do vento frio que me atravessa
É o silencio de nem mais uma conversa
É o meu eu que não acredita nem mais em mim
O que será então que estou fazendo aqui

É que são tantas dúvidas
É que são tantos recomeços
É um saber não querer mais lidar com tropeços
Minha cara tão sem graça e pálida

É o lugar certo, a hora certa e as pessoas
É que nem sei se esse fim é somente começo
É um não saber mentindo que tô de boa
Vai parando por aí com tanto apreço

É que olho as coisas mais lindas beleza não vejo
É que esse meio começou e pago o preço
É que nas mais torpes idéias velejo
O frio gelado me abraça e não me aqueço

É que sofro assim talvez porque mereço
É um bicho complicado pelo avesso
É num lindo sorriso que me entristeço
Não sei nem mais com o que pareço

É sentado aqui olhando a esmo
É questionando o que faço de mim mesmo
É um banco de madeira num cenário fantástico
Que quase me chamo de lunático

É que no fim, todo fim é fim
É o fim não se sabe se de mim
É uma graça quase arlequim
Me faço sentir tão banal assim

É uma redundante tristeza triste, triste fim
É uma ausência de tudo que me faz feliz
É que no fim, todo triste fim é triste
Mas não tão triste que não possa ser alegre

No fim, é o fim...

terça-feira, 14 de maio de 2013

SURREAL

Surreal Vida Real Casal 
(Hugo Martinelli) 


Pudera escolher entre o bem e o mal 
Não foste até o final 
Mas de volta ao mundo real 
Deixaste ali um amor sem igual


Já no primeiro momento 
Cruzaram olhares 
E num total encantamento 
Surgiu algo maior que os sete mares


Falei do fim e falei do princípio
Era este o momento propício
Pra que seu olhar se tornasse um vício
Queria teu beijo no fim, no meio e no início


E mesmo aquele que o amor nunca sentiu
Não entendeu como ela seu coração invadiu
Até mesmo com uma tentativa de fuga
Viu que a amizade ao amor ajuda


Foi assim que ninguém da tela desgruda 
Pra ver um sentimento que se desnuda 
Ahhh, Esse casal! Surreal? Talvez normal? 
Em que planeta, Bial? 


Nanda, Fê, Fernanda 
Como criança pra dançar ciranda 
Se joga, vive, erra, aprende 
Da vida não se arrepende 


André, aquele “leke”, menino, cheio de brilho 
Um cara centrado, irmão, amigo 
Tudo a seu tempo, tudo a seu tempo 
Viu o lindo presente que lhe trouxe o vento 


E foi assim que por apenas um momento 
Se pensou findar o encantamento 
Por um segundo, um tormento 
Sua timidez, talvez, um argumento 


Por quem sabe não saber o que dizer 
Vou citar um tal de Gessinger 
“Foi na hora da canção em que eles dizem "baby" 
Ah...vida real! Como é que eu troco de canal?” 


Ah... vida surreal! Vida de casal 
Me belisca se é real, noites e noites no mesmo canal 
Ser ou não ser... não apenas mais um Global 
É a real vida surreal até o fim do final 


Uma história entrou por aquela porta 
E o que importa é que nada mais importa 
Agora são nossos e tudo neles nos encanta 
E quem quiser que conte outra

sábado, 11 de maio de 2013

DA EFEMERIDADE DAS LINDAS HISTÓRIAS

Efêmero
(Hugo Martinelli)


Quero querer você
Sentir teu corpo e o meu arder
Em fogo, em brasa, me leva pra casa
E deixa acontecer o que tiver que ser

Me ame no seu mundo
como um cão vagabundo
pedindo atenção
me joga fora e me deixa na mão

Que o vento se encarrega de me levar pra algum lugar
Não sei mais o que dizer ou o que pensar
Pra essas palavras embelezar

E de você conseguir o que só quero conquistar
só não me ame e vamos ver no que vai dar
uma história linda e louca pra contar

quarta-feira, 1 de maio de 2013

O INÍCIO, O FIM E O MEIO



Existencial
(Hugo Martinelli)

Não sou mais quem eu era
Sou agora algo diferente de antes
E diferente de depois
Não sei ainda quem vou ser
Eu não tenho respostas para as suas perguntas
Sou apenas um sobrevivente
Apenas humano ser
A cada dia sobrevivo a você...